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sábado, 25 de julho de 2015

JESUS ENSINOU QUE TODA CRIANÇA É PURA?

"Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus." (Mt 18.3)


Esse é um clássico exemplo de um texto interpretado fora do seu contexto. O resultado, na maioria das vezes, não poderia ser outro, que não a interpretação de que as crianças são moralmente puras e inimputáveis quanto ao pecado.

A Igreja Católica ajudou bastante nisso, quando popularizou a “idade da razão”, época na qual a criança passaria a ser culpável por suas obras. Segundo eles, isso se daria por volta dos sete anos e, se morresse antes disso, iria para um lugar chamado Limbo, uma espécie de jardim da infância do purgatório.

Claramente a Bíblia não concorda com essa conclusão. Vejamos alguns argumentos:
   Davi disse que nasceu em iniquidade e que foi concebido em pecado (Sl 51.5), o que é o mesmo que dizer que a presença do pecado na vida do ser humano é desde sempre.
   Paulo afirma que a morte é a “recompensa” pelo pecado (Rm 6.23); do que se conclui que se uma criança não fosse pecadora, ela não poderia morrer, pois a morte é a consequência direta do pecado.
   Acrescenta-se ainda as várias referências bíblicas sobre a necessidade de intervenção no comportamento da criança através do ensino (Dt 6.6-7; Sl 78.3-4) e da disciplina (Pv 13.24; 22.5; 29.15). Ora, se o que fazem de errado não é fruto do pecado, para que então ensiná-las e discipliná-las?
   Considerar uma criança espiritualmente pura, significa atribuir-lhe mérito em sua própria salvação. É o mesmo que dizer que elas não precisam de Jesus pois podem salvar a si própria.

De fato, a criança desde muito pequena, demonstra a presença do pecado em sua vida. A despeito de tanta fofura, elas também são capazes de fazer birra, desobedecer e expressar descontentamento até com tapas. Pais e mães conhecem bem esse tipo de comportamento.
Então o que Jesus quis dizer com “se tornar como uma criança” para entrar no Reino dos céus? A solução passa por uma boa análise do contexto: os discípulos discutiam entre si sobre qual deles seria o maior no Reino, o que faz com que Jesus dramatize uma parábola viva diante dos seus olhos. Ele chamou uma criança e a pôs na roda dos discípulos, destacando características comportamentais inatas das crianças e que deveriam acompanhar todos os que se dizem discípulos de Cristo. No verso seguinte Jesus detalhou sua intenção em fazer essa comparação: "Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus." (Mt 18.4). Humilhar-se, portanto, significa imitar uma criança no que tange a “simplicidade, franqueza, obediência, modéstia, humildade, confiança e fragilidade” (Hendriksen). Os discípulos estavam no caminho errado, pois é o mundo que procura a glória, o poder e a ostentação; exatamente o contrário daquilo que uma criança representa.
Essa polêmica passagem de Mateus, portanto, não se propõe a ensinar a natureza imaculada da criança e sim, sobre as marcas fundamentais daqueles que Jesus chamou. Se a criança não for vista como pecadora, não haverá lugar para a Graça em sua vida, pois a redenção em Cristo só tem sentido para os mortos espiritualmente (Ef 2.1), independentemente da idade.

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